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sábado, 28 de janeiro de 2012

Criação e manutenção de uma colonia de formigas

As Lasius niger são uma das espécies mais fáceis de manter, desenvolvem-se muito bem à temperatura ambiente no Verão, podem ser alimentadas com soluções de mel e insectos mortos. A rainha Lasius niger, pode viver mais de 20 anos em cativeiro e as colónias podem tornar-se muito complexas, mas nos primeiros anos não necessitarão de um setup muito grande.
SETUP
Quando receber a sua colónia ela chegará dentro de um tubo de ensaio, com água suficiente para durar mais um mês. É de extrema importância que não se tente mover à força as formigas para a sua nova casa, uma vez que é muito difícil, mas elas fá-lo-ão assim que estiverem preparadas.
Embora não pareça uma boa casa, para a Lasius niger, o tubo de ensaio é uma casa excelente, onde podem criar colónias de até cerca de 100-200 obreiras, e é quente e húmido, com apenas uma entrada e uma saída, portanto é muito fácil de defender.
Convencer a colónia a sair do tubo de ensaio pode ser uma odisseia, mas há algumas formas de as “forçar”.
Colocar o tubo numa zona bem iluminada e escurecer a outra parte e mantê-la húmida é o suficiente para persuadir a colónia a mudar-se.
Formicarium Formicarium é o nome correcto para um setup designado para formigas. A melhor forma de alojar uma colónia de Lasius niger é uma “Ant farm” e uma pequena zona de alimentação.
Este tipo de setup (esquerda) é excelente para uma colónia inicial. Basicamente é constituído por 2 peças unidas por um tubo de borracha, onde uma das partes é cheia com areia o que permite às formigas criar túneis e câmaras para viverem.
Muito importante:
Nunca colocar o formicarium directamente à luz do sol. Apenas 15 minutos chegam para “cozer” as formigas.
ALIMENTAÇÃO
Alimentar formigas é extremamente simples…
- Rainha – proteína (insectos mortos ou gelatina proteica) e mel (açucar)
- Obreiras – açúcar ou solução de mel
- Larvas – proteína (insectos mortos ou gelatina proteica)
HUMIDADE
Lasius niger não necessitam de um valor específico de humidade, no entanto o ninho tem de ser mantido húmido. A melhor maneira de conseguir isto, é colocar uma camada de 2cms de Leca no fundo da “Ant farm” e colocar uma palhinha com algodão em ambas as extremidades. Assim podem encher facilmente o fundo da “Ant farm”. A Leca ensopará a água e libertará a humidade para a mistura de areia assim que esta começar a secar.
EVITAR FUGAS
A melhor forma de evitar fugas é o uso de vaselina. Basta fazer uma barreira de cerca de 2 cms de largo, à volta do topo do aquário (numa “Ant farm” não será muito necessário, pois costumam a ser estanques).
DOENÇAS, BOLOR E PARASITAS
Existem muitas coisas que podem matar uma colónia, mas seguindo alguns passos simples, podem-se evitar a maior parte delas.
1 – Retirar toda a comida que não foi aceite depois de 48horas, para evitar o crescimento de bolor.
2 – Manter a “basin” bem ventilada. Isto evitará o crescimento de bolores.
3 – Ferver sempre os insectos por 10-30 segundos, antes de os oferecer às formigas para matar os parasitas que possam ter.
4 – Antes de adicionar areia à colónia, pô-la no forno a cerca de 200ºC por cerca de 30 minutos.
HIBERNAÇÃO
O Inverno é muito importante para as colónias de formigas. As rainhas “recarregam baterias” para o ano seguinte e quando chegar a primavera, ela fará enormes posturas e haverá um aumento massivo da colónia.
Não é obrigatório hibernar a colónia, mas se não o fizer, a rainha não viverá tanto tempo e a colónia não será tão saudável como se as hibernar.
Para hibernar as suas formigas, deverá baixar a temperatura da sala para abaixo de 10ºC, durante cerca de 6 semanas.
Como o faz depende muito da forma do setup, mas no caso de usar uma “Ant farm”, poderá enrolá-la naquele plástico com bolhinhas e colocá-la no barracão na rua (caso tenha um) desde meados de Setembro até finais de Outubro. Continue a verificar as formigas e a alimentá-las como normalmente faria.
Assim que a temperatura atingir o valor ideal, elas entrarão em hibernação e a actividade da colónia diminuirá drasticamente. Durante os meses de Inverno (finais de Outubro a finais de Fevereiro) não verá quase nenhuma actividade no ninho, mas continue a verificar as formigas, pois assim que começar a haver actividade à procura de comida deverá alimentar novamente as formigas.
Quando a temperatura aumentar em Março as formigas estarão prontas para voltarem para dentro de casa. Atenção que elas estarão muito activas e famintas, por isso alimente abundantemente.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Criação de grilos




Criação de grilos
Os grilos são encontrados em diversas partes do mundo, e a criação em cativeiro é feita a mais de mil anos em países como a China e o Japão
A maneira como eram criados antigamente lembra e muito a forma como temos nossos pássaros hoje em dia: em nossas residências, colocados em gaiolas ricamente ornamentadas, e com o mais belo canto possível.
Eram considerados amuletos de boa sorte, e por incrível que pareça: criavam-se “grilos-de-briga”, que disputavam torneios tão populares como as rinhas de galos-de-briga.
Os adversários eram deixados por um longo período de jejum, e o prêmio do vencedor era poder devorar o oponente.
Atualmente são criados em larga escala em vários países, para serem vendidos como alimento vivo em lojas de animais de estimação, como iscas para pescaria em pesque-pagues, e como iguaria culinária em restaurantes especializados.
Pertencem a classe dos Insetos, ordem Orthoptera e família Grillidae. São onívoros, terrestres e noturnos.
Grilos são insetos muito asseados, sendo fácil criá-los, mas alguns fatores devem ser considerados antes de dar inicio a uma criação:
• Grilos fazem barulho – para minimizar esse problema, uma dica é reduzir o número de machos na caixa de criação (1 macho para 3 fêmeas).
• Necessitam de atenção diária, para se verificar a existência de água limpa e comida.
• Considere que algumas fugas serão inevitáveis!
Os grilos têm um odor definido, mas se a colônia é bem manejada e mantida limpa, a maioria das pessoas não considera esse odor desagradável.

VALOR NUTRICIONAL

Grilos são um excelente alimento para nossas aves, ricos em proteínas, gorduras e vitaminas. Porém, insetos em geral, apresentam em sua composição uma relação cálcio/fósforo inadequada. Uma relação adequada para aves seria de 1:1 à 2:1.

INSTALAÇÕES

• Condições ambientais
Grilos vivem melhor em ambientes limpos, ventilados, secos e quentes.
Temperaturas mais altas aceleram o crescimento e reduzem a duração do ciclo do inseto, sendo a temperatura ideal encontrada no intervalo de 26 a 32ºC.
Não suportam o frio, e uma queda brusca de temperatura pode matar muitos grilos. Em regiões de clima frio, uma lâmpada de 15W será suficiente para manter a temperatura da caixa por volta de 30ºC.

• Tela para cobertura

Tem como objetivo prevenir fugas e ataque de predadores, como aranhas e roedores.
A melhor tela é feita de metal, de preferência de alumínio, com a malha adequada ao tamanho dos grilos que irá conter. Telas de nylon não devem ser utilizadas, pois podem ser cortadas facilmente.

• Abrigos

As bandejas para ovos feitas em papelão são muito úteis na caixa de criação. Elas poderão ser manipuladas mais facilmente se forem amarradas em conjuntos de 4 ou 5 unidades, muito útil no momento da limpeza da colônia e na captura dos insetos.
Com o tempo haverá um acumulo de detritos nas bandejas (sobras de alimentos, fezes e insetos mortos), momento em que devem ser substituídas.

Vale lembrar o comentário feito em relação as sobras da cultura do Tenebrio molitor: trata-se de um excelente adubo para horta e o jardim, mas devemos utilizar proteção para a pele, os olhos e o sistema respiratório quando manipulamos esse material.

Uma caixa com cerca de 50cm de lado é suficiente para se manter 250 grilos adultos. Grilos adultos chegam a saltar 40cm de altura, e por isso as caixas devem ser altas.
Devemos lembrar que o aumento excessivo da população de insetos dentro da caixa de criação tende a reduzir o crescimento corporal dos indivíduos, e aumentar a ocorrência de canibalismo.

• Modelos de caixas de criação

As caixas mais utilizadas são de plástico ou vidro, por serem fáceis de limpar, visualizar, não absorverem umidade, serem leves, e principalmente, por dificultarem as fugas, já que os grilos adultos não conseguem escalar superfícies lisas.

ALIMENTAÇÃO

Alimentar os grilos com uma dieta adequada é fundamental para: garantir condições ótimas ao desenvolvimento dos insetos e sua procriação; fornecer as aves um alimento vivo com alto valor nutricional e reduzir o índice de canibalismo dentro da cultura de insetos.

• Ração

Rações para peixes, aves, cães e gatos são as mais utilizadas, de preferência rações grosseiramente moídas.

• Fonte de umidade

Qualquer fruta, legume ou verdura pode ser usada, desde que de boa qualidade e isenta de agrotóxicos.
O importante é que criador conheça o consumo diário de vegetais em sua colônia e forneça uma quantidade para que haja o mínimo possível de sobras, e essas deverão ser retiradas diariamente.

REPRODUÇÃO

• Ciclo de vida

São insetos de metamorfose incompleta (ovo-ninfa-adulto), ou seja, não possuem o estágio de pupa.
Os ovos medem cerca de 2mm, têm formato de bastões, são amarelados e razoavelmente translúcidos, podendo ser vistos a olho nu.
Demoram de 15 a 20 dias para eclodir.
Os grilos recém nascidos se parecem com pequenas formigas que invadiram o aquário.
Os grilos filhotes são chamados de ninfas. Essa fase vai desde o nascimento até a maturidade sexual.
As ninfas são semelhantes aos adultos, porém menores.
Elas passam por 5 a 7 trocas de exoesqueleto até se tornarem adultos. O exoesqueleto é rígido, e precisa ser trocado para permitir o desenvolvimento corporal.
Sabemos que um grupo de grilos chegou a fase de adulto quando começamos a ouvir o som dos machos “cantando” vindo de dentro da caixa.
De uma maneira geral, a fase adulta tem início aos 60 dias de vida, e com cerca de 90 dias terminam o ciclo e morrem.
Cada fêmea coloca cerca de 100 ovos durante seu período reprodutivo.

• Dimorfismo sexual

São características das fêmeas adultas:

o possuem 3 longos tubos na região posterior. O tubo central é o ovopositor, com cerca de 1,5cm de comprimento, o órgão com o qual ela introduz os ovos no solo.
o possuem as asas completamente desenvolvidas e lisas
o geralmente são maiores que os machos.
o Não produzem som relevante.

São características dos machos adultos:

o possuem apenas 2 tubos longos na região posterior. Não possuem ovopositor.
o possuem as asas mais ásperas, com aspecto de amassadas.
o geralmente são menores que as fêmeas.
o emitem um som para atrair as fêmeas e delimitar um território.

• Ninho, incubação e eclosão

A reprodução pode ser conseguida da seguinte maneira: coloca-se na caixa de criação, um pires com uma camada de cerca de 2cm de algodão hidrófilo embebido em água.
É absolutamente necessário que esteja sempre úmido, porém jamais deverá ficar encharcado. As fêmeas farão a postura no algodão.
Ao fim de oito dias, transporta-se o pedaço de algodão para outra caixa , onde a temperatura deverá ser constante, por volta de 30ºC.
De 2 a 3 semanas depois deverá surgir um grande número de pequeninos grilinhos.



Criação de Tenébrio Molitor

Criação de Tenébrio Molitor

Escrito por: Gilberto Ferreira Barbosa

O TENÉBRIO

O Tenebrio molitor caracteriza-se pela sua espantosa reprodução de algo entre 500 a 1000 larvas por desova de cada coleóptero. É exigente de calor e atinge sua máxima produtividade em torno dos 26 a 32 Graus Celsius. Não voa, preferindo sempre ambientes secos e escuros. Desprovidos de qualquer tipo de odor ou ferrão, não picam ou secretam qualquer tipo de líquido ou substâncias desagradáveis e prejudiciais ao homem, não constando em sua ficha que seja transmissor de qualquer tipo de doença, podendo no máximo, os besouros adultos, servir de hospedeiros intermediários para algumas espécies de parasitas. De todos os alimentos vivos que se empregam na alimentação dos pássaros, as larvas do Tenebrio molitor se constituem na mais prática, econômica e nutritiva fonte de alimento em especial aos ninhengos, por tratar-se de fonte rica em proteína animal, carboidrato, matéria fosfatada e fibras digestíveis.

MORFOLOGIA

O Coleóptero Tenebrio molitor (besouro) adulto macho mede de 10 a 15mm sendo que as fêmeas são um pouco maiores situando-se entre 10 e 18mm.

CICLO DE VIDA

O ciclo de vida completo do Tenebrio molitor compreende quatro fases distintas que são: ovo – larva – pupa – imago, completando todo o ciclo em aproximadamente quatro a cinco meses de duração, podendo ainda se estender até doze meses dependendo das condições climáticas, em especial a temperatura do ambiente. Cada fêmea do besouro bota de 500 a 1000 ovos no ambiente aonde eles infestam denominado de terrário que eclodem entre 10 a 15 dias, tornando-se visíveis a olho nu apenas pelo movimento que transmitem ao substrato no centro da desova. À medida que crescem efetuarão de 5 a 7 mudas de pele, por ser esta quitinosa e não acompanhar o crescimento larval. É comum observarmos a presença das peles sobre o local da desova, pois nesta fase as larvas mantêm-se agrupadas, separando-se mais tarde com o crescimento que durará aproximadamente 60 dias, quando atingirão o seu tamanho máximo cerca de 18 a 24mm para em seguida puparem. Logo após as mudas as larvas são de coloração branca e muito mole constituindo-se em excelente alimento.

TERRÁRIO

Caixas

Para se iniciar uma criação doméstica de Tenébrios recomendamos a construção de no mínimo duas caixas de madeira com as seguintes dimensões:

(40x40x20) cm dotadas de tampa constituída por um pedaço de tela metálica de malha de (2x2) mm com dimensões de (50x50) cm que será colocada por cima da caixa de forma que ultrapasse todo o seu perímetro de 5cm que será dobrada ao longo de toda a sua volta redobrando lateralmente nos cantos. Esta tampa alem de evitar a decomposição e contaminação do substrato por fungos permite maior aeração, evita as fugas de besouros bem como os freqüentes esmagamentos de larvas e besouros das tampas em corrediças, dispensando ainda despesas com fechos, dobradiças etc. Deverão receber internamente revestimento em chapa fina de alumínio fixada mediante ação de pistola de grampear com a finalidade de proteger a madeira da ação dos besouros e larvas. Este procedimento é dispensado nas caixas plásticas. Pode ainda ser utilizado para substituir as caixas em madeira, gavetas plásticas transparentes destas que compõem as geladeiras domésticas ou ainda caixas plásticas em PVC de tamanhos variados encontradas facilmente no mercado. As tampas para as caixas plásticas deverão ser confeccionadas a exemplo das de madeira tendo o cuidado de efetuar cortes na tela para obter-se um dobramento anatômico e eficiente.

Substrato

Deverá ser composto basicamente de cereais e derivados ricos em carboidratos. Deve-se dedicar especial atenção à decomposição de seus componentes quanto à presença de fungos, bactérias e parasitos nocivos ao ambiente. Rações muito ricas em proteína e carboidrato são as mais indicadas, no entanto contra indicamos pela sua rápida perecividade por fermentação e contaminação levando a caixa à ruína total, em especial no inverno.

Recomendamos para compor o substrato uma mistura de ração granulado para pássaro (sabiá, pássaro preto) peletizada com no máximo 22% de proteína e alto teor de cálcio misturada a 20% do seu volume a farelo de trigo. O substrato deve ter uma espessura máxima de 15 cm e umidade compreendida entre 8 a 10%. Ração para frangos, cães e outros animais não deve ser usada. O terrário não deve ficar em ambiente úmido acima de 75% de umidade relativa e muito menos em locais que possibilitem o umedecimento do substrato pois isto provocaria uma fermentação e a conseqüente derrocada da caixa. As larvas e besouros possuem a capacidade de retirar umidade do ar no entanto, no verão, quando a temperatura sobe muito e a umidade relativa cai a níveis muito baixos precisamos fornecer suprimento de líquido mediante algumas fatias transversais de chuchu com 1 cm de grossura após lavarmos as fatias para remoção do leite, e seca-las ao sol por quatro horas; podemos fornecer ainda espigas de milho verde, e folhas de papel absorvente levemente umedecidos em água. Todos os fornecimentos de líquidos devem ser ministrados com moderação, evitando a contaminação acidental do substrato por líquidos. O ideal é manter o terrário em um quarto seco e em penumbra. Os tenébrios odeiam a incidência direta dos raios solares e possuem hábitos noturnos.

Formação da Colônia

Existem várias maneiras de se iniciar uma colônia de Tenébrios, mas gostaríamos de recomendar uma forma de obter um desenvolvimento rápido da colônia e saudável do substrato, já que se deteriora muito rapidamente se não for logo devorado pelos habitantes da caixa. A maneira mais eficiente de multiplicação de caixas é: Estando o substrato pronto e em condições de receber os novos moradores, escolhemos uma caixa bastante produtiva do nosso terrário que irá fornecer os Tenébrios para a nova colônia e, buscando identificar todas as quatro fases de desenvolvimento do Tenébrio retiramos aproximadamente 1000 ml (um litro) do rico e saudável substrato contento o Tenébrio em todas as suas fases e transportamos para a nova caixa aonde depositamos o material dividido em duas porções distintas e em dois buracos efetuados no novo substrato.

Observamos nos dias que se seguem muita atividade na caixa, em especial a trituração do substrato pelas larvas, que é o sinal de que tudo esta ocorrendo bem. Após alguns dias observamos a presença de peles de larvas sobre o substrato, é que elas precisam crescer e a pele não cresce. Então farão cerca de 6 a 7 mudas de pele e elas não devem ser removidas pois ajudam na proteção e aquecimento. Nesta fase cobrimos 50% do substrato com toalhas de papel absorvente sobreposta uma sobre as outras em quantidade máxima de 5 toalhas. Estas toalhas são muito comuns nos sanitários públicos, e servirão de refúgio para as larvas que irão pupar e espontaneamente migram para o seu interior para cumprirem a METAMORFOSE.

À medida que o ciclo se desenvolve com a prostração ou hibernação das primeiras larvas da colônia fornecidas pela caixa “mãe”, surge no fundo da caixa por baixo do substrato uma camada de pó finíssimo composto por excremento de larvas e besouros, ração triturada, alem de ovos de tenébrio, que se deslocam por ação mecânica das larvas (fricção) para o fundo da caixa. Neste estágio dizemos que a caixa está “PEGADA”.

Metamorfose

Todo o processo de transformação de Larva – Pupa - Imago ocorre de forma rápida e abundante mediante temperatura ambiente entre 26° a 32° graus Celsius e umidade relativa do ar em torno de 75%.

Após a migração das larvas para a toalha de papel, observam-se alguns dias de prostração sem qualquer movimento e passam a apresentar coloração amarelada com aumento do seu diâmetro, engrossam e entram na fase de pupa. Nesta fase a metamorfose se completa dando origem ao imago. A pupa não se move normalmente, mais quando tocada move-se principalmente para deslocar-se para a superfície. Dentro do pupal a larva vai lentamente transformando-se no corpo do imago medindo aproximadamente 1,5 mm e é de um branco levemente esverdeado no início a um branco amarelado no fim. No final do processo a pupa se abre liberando o imago que tem coloração branca no início mudando para um bege e vermelho amarronzado. No fim, todo processo dura aproximadamente 2 dias. Os imagos são moles e marrons nas costas; Os besouros adultos são pretos e muito duros.

Temos observado os tenébrios há aproximadamente 15 anos e posso afirmar que nunca os vi voar, efetuam movimentos com as asas muito raramente e seu vôo não passa de um salto de aproximadamente 10 a 15 cm.

Após a cruza da fêmea mediante monta do macho, a fêmea efetua uma postura de 500 a 1000 ovos de coloração branca de forma ovalada, envoltos por uma substância pegajosa que permitem a aderência dos mesmos aos materiais do substrato e logo em seguida morre e é devorada por todos, restando apenas as asas e o escudo. A eclosão se verifica entre 10 a 15 dias, completando todo o ciclo reprodutivo.

Manejo e Reciclagem Da Caixa

Costumamos acrescentar após o primeiro ciclo, suplementos alimentares de manutenção, que são distribuídos cuidadosamente na caixa evitando remoções e revolvimento do substrato, bem como soterramento das pupas e, para tanto, suspendemos cuidadosamente as toalhas de papel absorvente para repormos de 2 a 3 cm de substrato novo nas mesmas proporções estabelecidas no início para formação da caixa.

Após dois ciclos consecutivos (aproximadamente 8 meses) todo o substrato já foi devorado e transformando em uma camada de pó finíssimo composto por excremento de larvas e resíduo de besouros mortos.

A camada de pó residual constitui-se praticamente de 100% da caixa que não mais comporta suplementação alimentar por falta de espaço. Aí, verificamos a existência de besouros vivos e pupas. Em caso afirmativo temos a indicação da presença de milhares de ovos no pó, além de milhares de larvas minúsculas, bem como larvas de todos os tamanhos. Só nos resta agora proceder à reciclagem da caixa.

A reciclagem compreende o peneiramento da caixa, formação da caixa reciclada, separação das larvas destinadas a alimentação das fêmeas em cria e quarentena do resíduo do pó peneirado.

Peneiramento

O Peneiramento da caixa consiste no processamento de todo o seu conteúdo através de 2 (duas) peneiras, sendo a primeira com # 2 mm e a segunda com # 1 mm. Todo o pó que passar pelas duas peneiras será separado em caixa plástica com tampa telada e ficará em repouso por 60 dias, depositado em camada não superior a 6 cm sendo 5cm de pó e 1cm de farelo de trigo. Após 60 dias todo o pó será reprocessado na peneira com # 1 mm e retirado todas as larvas e micro larvas que irão para uma caixa plástica de tampa telada denominada Berçário. O pó residual será usado no jardim por ser um excelente adubo.

O material que ficar retido na peneira com # 2 mm , após catação com pinça de todos os besouros conjuntamente com as larvas médias, e grandes irão para a caixa original já provida de limpeza geral e novo substrato conforme anteriormente descrito para dar continuidade a novos Ciclos.

As larvas retidas na peneira com # 1 mm, conjuntamente com larvas pequenas retidas na peneira com # 2 mm que ficaram presas na malha ou que espontaneamente não passaram por esta, são catadas com pinça ou varridas a pincel macio e, irão para uma caixa plástica de tampa telada denominada Creche.

Verificamos com o manejo que repomos a caixa principal ou Caixa Mãe somente com besouros, larvas grandes e médias e pupas se houverem e surgirão duas novas caixas denominadas de: Caixa Creche e Caixa Berçário que fornecerão as larvas para alimentação das fêmeas em cria.

Alimentação de Fêmeas em Cria

A caixa Berçário é uma caixa plástica tipo gaveta, destas que compõem as geladeiras domésticas vendidas no mercado como peça de reposição, eu as utilizo durante a estação de cria como berçário com as larvas retidas na peneira n° 1mm aonde recebem uma alimentação a base de: Farelo de trigo, farelo de aveia, Super Toplife em pó, um pouco de Cálcio em pó e gema de ovo cozida peneirada e desidratada. Separo de véspera a quantidade de larvas a serem usadas em fêmeas com filhotes de 0 a 4 dias e deixo-as passarem a noite em vasilhame de vidro tipo Pirex contendo apenas uma toalha de papel absorvente umedecida em uma solução de VITA GOLD potenciado e água na proporção de 20 gotas para 50ml de água efetuando-se a completa hidratação das larvas que serão servidas aos filhotes recém nascidos. Ressalto ainda o uso de soro caseiro em substituição a água em casos especiais para hidratar filhotes de 0 a 4 dias.

A caixa Creche é idêntica a caixa Berçário em todos os sentidos menos no tipo de larva que neste caso são as larvas retidas na peneira n° 1mm quando do primeiro processamento. Portanto possuem um maior porte que as larvas do berçário, o processo de alimentação e hidratação é o mesmo, diferindo apenas que irão para fêmeas com filhotes entre 4 e 30 dias de nascidos. Observe que à medida que os filhotes crescem as larvas também crescem. Se houver uma predominância de filhotes de 0 a 4 dias podemos submeter às larvas a baixas temperaturas para retardar o seu crescimento, refrigerando-as em temperatura entre 5° e 13° graus Celsius, sem problema.

As larvas são fornecidas sem restrição de quantidade em vasilhames do tipo banheira durante todo o período de cria.

Composição nutricional das Larvas de Tenébrio
Segundo a Dra. Nancy Nehring.
Revista Reptiles Magazine (July 1996).

Nutritional Information

Mealworms consist of the following:
As larvas de tenébrio consistem no seguinte:

Umidade ......................... 57%

Proteína ...........................24%

Carboidratos ..................2,8%

Fibra ...............................2,3%

Cálcio ............................. 0,02%

Indeterminados ............13,88%

OBS: Precisamos acrescentar a alimentação dos tenébrios suplementos ricos em Cálcio.

Predadores e Parasitas

Predadores

Dentre os predadores do Tenébrio Molitor mais significativos que atuam no Terrário encontramos a lagartixa (Réptil), a garrincha (Troglodytes músculos) pássaro , e formigas diversas, sendo que os dois primeiros não atacam as caixas, estão sempre em busca de alguma larva fujona, o que de certa forma constitui-se num trabalho benéfico dado ao poder destrutivo que as larvas exercem soltas dentro de uma residência. As formigas destroem qualquer Terrário, devem ser combatidas a qualquer custo sobre pena de perdermos toda a criação. Costuma-se untar com Vaselina Sólida, Graxa Lubrificante os pés das mesas e estantes que suportam as caixas evitando deste modo o ataque. Também é muito usado vasilhames com óleo sob os pés das mesas e estantes com muita eficiência.

Parasitas

Os parasitas que infestam as caixas de Tenébrios Molitor mais significativos pelo estrago que provocam são: aranhas (Aracnídeos) - atacam as larvas em várias fases de seu desenvolvimento, gorgulhos e carunchos - pequenos besouros de coloração avermelhada muito ágeis que atacam o substrato, mariposa - pequena medindo aproximadamente 8mm de comprimento e de cor bege esbranquiçada. Suas larvas ficam dento de longos tubos construídos com material do substrato por aglutinação de partículas mediante o lançamento de substância viscosa secretada por sua larva. Transformam ao longo do tempo toda a caixa em uma imensa ramificação de casulos atacando em especial as larvas em todas as fases do seu desenvolvimento. A sua larva é de cor branca, e à medida que se desloca emite uma substância viscosa que vai aglutinando tudo no seu caminho. A larva dentro de algum tempo empupa, transformando-se novamente em mariposa que voam quando abrimos a caixa contaminando todo o terrário .

Verifica-se ainda a presença de mofo no substrato por excesso de umidade no ambiente do terrário. Todo o substrato assume coloração esverdeada e somos obrigados a promover a reciclagem imediata de toda a caixa sobre pena de perde-la.

Prevenção

A maneira mais eficiente de combater os parasitas é a prevenção. Devemos submeter todo o substrato a temperatura de 90°C para esterilização, e só depois utiliza-lo. Caso ocorra a contaminação de uma caixa por qualquer um dos parasitas citados, devemos tomar as iniciativas de combate manual imediatamente. Quando das reciclagens periódicas efetuamos combate manual em todo o material submetido a peneiramento e efetuamos por medida de segurança a troca de todas as tolhas de papel absorvente.





quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Técnicas de criação de Tentilhão-comum





Depois de um longo período, que vai de setembro a meados de fevereiro, em que os tentilhões fazem a muda e atravessam o inverno, deve-se começar a preparar a época de acasalamento. Pouco a pouco e de forma gradual, vai-se disponibilizando maior quantidade de alimento vivo( tenebrio, larvas de búfalo, micro-grilos, formiga de asa e "pinkis" ricos em proteínas e gordura), bem como sementes germinadas.
Aumentando, gradualmente esses alimentos, chegarão ao início de março preparados para o período mais importante e emocionante na vida dos tentilhões, a reprodução.
A criação de tentilhões não é atualmente, algo impossivel de se fazer, como se pode observar na variedade de mutações existentes. Em Portugal, ainda estamos um pouco atrasados em relação a isso, e ainda estamos agarrados ao mito de " criar tentilhões em cativeiro é impossivel", mas na Itália e Belgica( principalmente na zona da Flandres, onde chegam a ser considerados animais domesticos). Com a disponililidade de aves nascidas em cativeiro, torna-se uma tarefa bem mais fácil. As aves criadas em cativeiro( com aves de captura as hipóteses são reduzidas), não dão mais problemas que a criação de outros fringilideos. Havendo bons e maus reprodutores, como em todos os passaros, embora se deva tentar perceber se o problema  não é em grande parte nosso ( ex: escolha errada de parceiros, aviario, etc).
O mais importante é, colocar as aves em condições ideias onde se sintam seguras e confortaveis. Os aviários, devem de ter dimensões minímas 1.5mx1.5mx1m( o que não quer dizer que não criem em aviários de dimensões inferiores), tendo sempre em atenção que aviarios exteriores, podem estar mais vuneráveis as condições atmosféricas. Os aviários interiores, com sistemas de controlo de temperatura, humidade e luz, fornecem condições ideias para o sucesso na criação.Os aviários devem ter vegetação, varios poleiros expalhados, locais onde a fêmea se consiga refugiar de um macho mais "cioso", plantas selvagens, terra da floresta, areia e um recipientecom água para as aves tomarem o seu banho diario. A implementação dos ninhos, deve ser o mais variada possivel, tentando sempre perceber qual o local preferido de repouso da fêmea,porque uma má localização pode não dar a segurança devida á fêmea e consequentemente ela não avançara para a construção, ou então pode construir e desmanchar vezes sem conta mas nunca colocará um único ovo. Em geral, os tentilhões gostam de um local iluminado pela luz direta. O material  para construção do ninho, deve ser claro ou branco, como pelos de animais, algodão, juta, sisal e musgo.
Mas voltando um pouco atrás, os casais devem passar os meses de inverno em gaiolas menores, femeas podem ficar juntas sem haver grandes problemas, para além de as tornar menos ariscas o manuseamento torna-se mais fácil. No caso dos machos é preferivel estarem cada um na sua gaiola, por um lado para os mais novos poderem " estudar" o canto descansados, por outro lado os mais velhos ainda estão com alguns efeitos da época de cío, e podiam lutar entre si.
A meados do mês de janeiro, deve-se fazer a escolha dos casais,  colocando-os nos respetivos aviários, tendo sempre em atenção o relacionamento e compatibilidade das aves. Um casal que nesta fase lute entre si dificilmente terá grande sucesso de futuro. A partir deste mês, os dias começam a crescer e a luz vai aumentando forma gradual, tendo os tentilhões mais tempo para a sua atividade díaria, com um consequente aumento de enérgia e consumo de alimento. Nota-se ,que as aves mudam lentamente o seu comportamento, as fêmeas ficam mais ativas e nervosas, os machos aos poucos aumentam a intensidade do seu canto, A nível alimentar, para além da papa insetivura, deve-se começar a dar canhamo, niger, germinado, e aos poucos ir inserindo alimentos vivos.
Deve-se ainda, dar um ultima vista de olhos nas condições fisícas das aves, bico e unhas demasiado grandes que podem provocar acidentes desagradáveis se ficarem presas onde menos se espera. Algum criadores cortam as guías aos machos, para o caso de eles serem muito "ciosos" não terem tanta facilidade em perseguir as fêmeas, mas eu pessoalmente prefiro que eles fiquem com elas completas. Porque embora seja uma pouco habitual, há machos que duranto o choco se portam bem e até chegam a alimentar as fêmeas, ajudar na alimentação das crias e até mesmo a limpar o ninho. O importante mesmo, é conhecer bem o caráter do macho e assim evitar surpresas.
Com o passar do tempo, os dias de inverno ficam para trás,  entra-se em março e com ele vem a primavera e a suaforça renovadora faz-se sentir. Os machos estam cada vez mais ativos, cantando uma musica poderosa e quase incessante, que serve para seduzir as fêmeas bem como para marcar o seu território.
Depois de concluido o ninho, a fêmea avança para as postura do primeiro ovo, nessa mesma noite deve-se retirar o macho( no caso de sentir confiança pode deixar ele ficar mais 1 ou dois dias, ou mesmo ficar com a fêmea durante o ciclo todo), e coloca-lo numa gaiola mais pequena, dentro ou encostado ao aviário para nunca perder o contato com a fêmea. A partir deste momento, os insetos são a base da alimentação e não podem faltar( cuidado com o alimentos cozidos, podem-se degradar com as temperarturas mais altas) aos pais e ao recém nascidos. Pode ainda reforçar, dando papa de ovo caseira com leite, tambem muito ricos em próteina. Não abusar em frutas ou legumes, porque nem sempre são muito aconselhadas.
Os ovos eclodem em aproximademente 12/13 dias, altura em que se deve estar de novo ao comportamento dos machos( casos tenham ficado durante o choco com a fêmea, agora podem ficar impacientes e mandar as crias fora do ninho para avançarem para novo ciclo), e retirar caso seja necessario e voltar a colocar por volta do setimo dia, sempre com a vigilancia do criador. Caso se revele agressivo retira-se,  voltando a colocar depois de as crias estarem criadas. Neste caso deve-se estar atento á fêmea, não vá ela avançar para nova postura sem estar galada pelo macho. Para evitar isso, pode acabar de criar os passarinhos á mão com papas proprias existente no mercado, libertando assim a fêmea para nova postura.
Se pretender anilhar os passarinhos, tenha em consideração que esta aves não são tão faceis como os canários, não pela dimensão mas sim pela desconfiança da fêmea, coloque alimento nesse momento distraindo assim a fêmea, tornando a tarefa mais segura e evitando que a fêmea os rejeite.
As crias, desenvolvem-se rápidamente, e se tudo correr bem em aproximadamente 25 dias estam a comer sozinhas. É nesta altura que o consumo de insetos é maior, tenha sempre em atenção este aspeto e nunca deixe faltar. Neste momento as crias estam prontas a ser separadas dos pais, devendo ser colocadas numa gaiola não muito grande e com os comedouros bem visiveis( de preferência da mesma cor.
Desta forma, e uma vez que estam todas juntas, as crias não iram sentir tanto a mudança. Aos poucos vai-se iniciando as aves á místura com germinado, de seguida inserem-se as frutas e legumes,e em pouco tempo eles já estam a comer de tudo.
Mas a harmonia familiar é de curta duração, por volta dos 2 meses os machos começam a demonstrar agressividade em si. Deve-se entao,separar os machos em gaiolas individuais,para desenvolverem o seu canto, e de certo modo se tornarem mais dóceis. As fêmeas, podem ser colocadas juntamente, num aviário mais pequeno que o de criação. Em princípio, não devem causar problemas entre si, mas deve-se estar atento.
Pode haver sistemas melhores, mas é com este sistema que vou utilizar. Mas estou sempre disponivel para correções.




 Tentilhão-comum a acasalar


Fêmea em pleno choco


Fêmea alimentando as crias


Macho cheio de cio


Crias de tentilhão-comum




Tentilhões-comum a serem criados á mão



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Criação de Tentilhão-comum

Na natureza, o local preferido para construir o ninho seriae numa árvore, localizada num ramo lateral ou virilha, sendo o local escolhido pelo macho.

Pintos Pair Chaffinch alimentação no ninho
Male chaffinch at nest with chicks


alguns videos:







Em cativeiro, o casal irá fazer ninho em feixes de vegetação localizada no viveiro. O ninho, construído pela fêmea artisticamente, é revestido com fibra de coco, fibra, penas, musgo, erva seca, cabelo, etc ... A fêmea faz de cerca de 1300 viagens para fazer esta verdadeira obra de arte, aos poucos e com muito trabalho, enquanto está a ser acompanhada pelo cantoo do macho.
Se tudo correr bem, o casal fará entre duas a três ninhadas a cada ano, de abril até agosto. A fêmea põe quatro ou cinco ovos manchado com castanho avermelhado com fundo esverdeado ou castanho arroxeado, com tamanho médio de cada ovo a rondar 14.5 mm e os 19, chocado durante  12 a 14 dias pela fêmea, às vezes apoiada pelo macho(se o criador tiver confiança nele). A alimentação das crias é feita por ambos os pais( no caso do macho ser de confiança, senão a fêmea toma conta da situação sem maior dificuldade), que se alimentam principalmente de insetos. No entanto, uma mistura insetívora pode ser dada na ausência de alimento vivo. Os jovens saem do ninho, ao fim de duas semanas e são desmamados em 35 dias aproximadamente.
Aos poucos, pode-se ir fazendo a habituação á mistura reforçando com sementes de girasol, fruta, verdura, ervas e plantas silvestres( cardos, dentes de leão, etc), pápa insetivura, mas sempre com o alimento vivo presente.










sábado, 21 de janeiro de 2012




Com estes videos,pretendo intruduzir um tema,que me suscita muita curiosidade e me levata inumeras questões:
A criação de tentilhões em cativeiro

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tentilhão-comum

O tentilhão-comum (Fringilla coelebs) é uma ave da família Fringillidae. O macho caracteriza-se pelo bico grosso, característico dos granívoros, e pela plumagem azul na cabeça e nuca, vermelha e esverdeada nas costas, com manchas brancas-e-pretas nas asas. Com um tamanho de 15cm e pesando entre 22g e 29g.


Por outro lado, as fêmeas têm cores menos exuberantes, com o corpo cizento-acastanhado, mais claro nas partes  inferiores do corpo, e o mesmo padrão nas asas.


 
Aqui pode-se ver um casal em pleno voo.






O macho, mostra uma plumagem colorida e não pode ser confundida com outros passarinhos. As suas penas médias, são cobertas com brancos (2a), a barra de asa branca (2b-c), as penas exteriores brancas da cauda, visíveis em qualquer idade são notadas tanto num pássaro pousado como  em vôo.  Nas fêmeas, os mesmos detalhes aparecem, a grande mancha branca (a) e da barra das asas (bc), mas são significativamente reduzidos. Mas até mesmo esses detalhes menos óbvios são suficientes para evitar confusão com o pardal ou o rouxinol jardim.


Evolução da plumagem da cabeça do macho



Na primavera de todos os pássaros usam cores mais vivas, especialmente os machos. Esta adaptação temporária da plumagem é um meio visual de comunicação que gera um caráter dominante, tanto para defender o território, bem como para atrair uma companheira. Nos tentilhões, a plumagem menos colorida do macho é o resultado de desgaste penas da cabeça.1 Depois da muda Outono, a cabeça tem uma cor amarelo-claro uniforme, mas ligeiramente diferente das penas da coroa (a), A cor azul da coroa é exibida (2), num bom número de tentilhões, durante o inverno, devido a um menor desgaste das penas, consequente pernanência do tom azulado na cabeça.,  As franjas permanecem parcialmente camurça (a). Uma vez que o desgaste robordos se torna mais visivel nas penas centrais (b), perde-se tambem um pouco o tom azul da testa (c),  o preto da franja (a) e plumagens de cossissuras( d), tambem se esbatem um pouco. Na primavera, depois da muda pré-núpcial, o tentilhão volta a assumir a sua aparência exuberante. .

Observação da muda e da respectiva idade


imagem 1


imagem 2


1. Na primeira muda, substitui completamente todas as penas, nos tentilhões novos (PC) e  entr-médias (TM) da asa. Cerca de 14% dos tentilhões muda todas (GC). Os outros realizam uma muda parcial, 1-3, as externas GC permanecem até a próxima muda.
 2. Pós-juvenil muda em andamento: GC 3 (a) não muda, as penas perdidas (b) está a substituir gradualmente e mostrar diferentes estágios de desenvolvimento. A comparação entre (c) e (d) mostra uma maior intensidade no centro do negro (c). Esta diferença vai separar as penas juvenis e postjuvéniles.
 3. Neste macho, as penas 2 (a) e 8 penas pretas (b) preto pode separar as duas gerações e caracterizar a pós-juvenil muda parcial.   Penas molted aparecem mais escuras na mesma pena 2c, a parte branca da ponta também é mais bem definida. Também deve ser lembrado que os abrigos primários (PC) são selecionados, eles parecem relativamente estreito, pontiagudo e preto.
 4. Na fêmea adulta, pode haver alguma dúvida sobre a GC externo, o menor contraste pode ser explicado pelo efeito de transparência. Este GC é, necessariamente, qualquer uma das tampas e não tirar proveito da intensidade devido à sobreposição. Forma ampla e arredondada da AL (Alula) e PC, o tom, sem muito contraste com as penas vizinhos defendem um pássaro plumagem pós-nupcial. Neste caso, a determinação da idade será confirmado por exame de penas de cauda (5-8-9).


imagem 3


imagem 4


imagem 5


imagem 6 e 7    


imagem 8 e 9        

5. Revisão de penas: - A casa branca Vexille de R 6-5 é um modo de comunicação visual muito aparente no momento da fuga. Melanina baixa que parte da caneta tem uma fraca resistência ao desgaste. - As retrizes centrais R1 um pássaro plumagem pós-nupcial mostram uma mancha escura (a) e uma extremidade mais larga e arredondada R6 (b). - 6-7-8-9 Uma série de tentilhões, principalmente aqueles que nasceram no início da primavera substituir R1 durante a primeira muda. Um ponto em R1 não significa que o pássaro é um adulto, pois contra a falta de mancha indica que o pássaro está na plumagem juvenil ou 1Y/2Y pós-juvenil e de idade.  O desgaste pode afectar a forma do R6 (6) e torná-lo menos afiada.

Detalhes


imagem 1


imagem 2


imagem 3


imagens 4 e 5


imagens 6 e 7


1. Na primavera, o aumento dos hormônios masculinos provoca um bico escuro pronunciado.
2. Fora da época de reprodução o bico volta a sua cor normal. Protejido pelas comissuras penugens do pescoço (a) e das narinas (b).
3. O bico (a), a lançar um canto. Esta posição, fornece informações sobre o tipo de semente que o pássaro,  engere pelo seu bico. A aresta de corte de ambos os mandíbulas forma uma saliência (b) aumenta o efeito de pinças. Ele é concebido tendo em vista a posição relativa destes detalhes que a ave "sente" quando a semente está no lugar certo para ser descascado.
4. Penas que cobrem as narinas.
5. As penas nasais mais curtas e têm desenvolvido uma mais rica em filamentos. A filtragem do ar é provavelmente o seu papel principal. Pode-se considerar também que inibem o ar frio apesar de menos duro do que corvídeos.
6. As penas que adornam os cantos como um feixe de arame suposto filho para transmitir informações para o cérebro através de uma área altamente inervado.
7. Inverno faixas revela que essas penas molt em dezembro. Os tentilhões ou norte, os greenfinches alimentação nas sementes secas e duras, beechnuts, Samaras na natureza ou alimentadores de girassol. Para evitar lesões nos cantos, se o projeto de lei tem detectores em bom estado na época.

Distribuição

Distribui-se por toda a Europa, pela Ásia central e pelo Norte de África. Frequenta zonas florestais, como pinhais, sobreirais e matas de folhosas. Constrói o seu ninho nas árvores.
Em Portugal o tentilhão-comum é uma espécie residente, que está presente durante todo o ano, mas durante o Outono e o Inverno verifica-se um aumento dos efectivos, devido à chegada de indivíduos provenientes do Norte da Europa, que aqui vêm passar a estação fria.
Durante este período o numero de aves é maior, mas esta espécie comporta-se de forma muito discreta, voltando a fazer-se notar na Primavera com o seu canto melódico.

Em cativeiro:
O tentilhão não necessita um tratamento especial, além do normal, visto ser possivelmente o fringilideo com maior robustez. É um passaro bastante agitado, mesmo os nascidos em cativeiro, que vai acalmando com o tempo. Se a intenção for só apreciar o seu magnífico canto, não nessecita de uma gaiola muito grande, embora também não concorde com aqueles gaiolas pequenas geralmente usudas para o efeito.
Em cativeiro, o tentilhão é encontrado em várias mutações: fator de Bruno (ligada ao sexo e recessivos), Ágata  (ligados ao sexo e recessivos), Opal (autossômica recessiva), Albino e  mutações não reconhecida: Isabelle e pastel visto não serem mutações mas sim sobreposição de cor (ligada ao sexo e recessivos) Geralmente, tentilhões são anilhados com a medida 2,9 mm.





















Tambem ocorrem algumas mutações na natureza